DESCASO COM A SEGURANÇA PÚBLICA E O CIDADÃO
- Equipe de Comunicação CUME
- 24 de jun.
- 2 min de leitura

A CUME – Associação Central Única dos Militares Estaduais de Minas Gerais – vem a público manifestar seu mais profundo repúdio ao novo ato impensado do governador Romeu Zema, que determinou o fechamento da Delegacia de Plantão do Departamento Estadual de Investigação de Crimes de Trânsito (Deictran), uma das unidades mais estratégicas da segurança pública em Belo Horizonte.
A pergunta que fica é: até onde iremos chegar com tamanho descaso com que o governador trata a segurança pública em Minas Gerais?
Esse encerramento de atividades, feito sem qualquer diálogo com os profissionais da segurança ou com a sociedade civil, revela, mais uma vez, a total falta de planejamento e de compromisso com a vida dos mineiros.
Essa decisão atinge em cheio o trabalho das forças de segurança, mas o maior prejudicado será o cidadão. A Delegacia do Deictran era responsável por registrar ocorrências de roubos, furtos e acidentes de trânsito, além de realizar os bloqueios nos sistemas que impedem a circulação de veículos roubados.
Agora, com o atendimento transferido para os DEPLANs, os registros de furto ou roubo feitos apenas pela Polícia Militar terão validade temporária de até 72 horas. Após esse prazo, sem o devido registro na Polícia Civil, o impedimento é retirado automaticamente do sistema. O resultado? As chances de recuperar um veículo roubado despencam, e a criminalidade agradece.
A gravidade vai além. As ocorrências de trânsito passarão a ser encerradas nos DEPLANs, onde pessoas conduzidas poderão ser colocadas em celas junto a criminosos de alta periculosidade, até que toda a documentação seja finalizada. Isso representa um retrocesso inaceitável e um risco à integridade física e psicológica dos envolvidos, inclusive dos policiais militares.
Além disso, viaturas da Polícia Militar poderão ficar paradas por horas nos DEPLANs, aguardando o encerramento das ocorrências e a entrega de presos, quando deveriam estar nas ruas, protegendo a população. O impacto para a comunidade será assustador.
A sociedade não pode aceitar que decisões tão relevantes sejam tomadas sem ouvir técnicos, especialistas ou os próprios profissionais que atuam na segurança pública. Não se trata apenas de economia mal planejada – trata-se de comprometer a eficácia do sistema de segurança em Minas Gerais.
A CUME se une às demais entidades de classe e cobra respeito, responsabilidade e compromisso real com a vida dos mineiros. Reforçamos que medidas equivocadas como essa não devem prosperar e que o governo deve, no mínimo, revisar imediatamente essa decisão que prejudica milhares de cidadãos de bem.
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